
2) Está em jogo um controle do humano, que oscila entre os estímulos bestializadores e uma auto-dominação pela via da negação. Há uma correlação entre o controle das massas pelo espetáculo romano e o controle atual pela cultura de massas. Sloterdijk afirma que o que animou o humanismo em seus primórdios foi esse embate entre a contenção (leitura filosófica, disciplina) e a festa (as influências bestializadoras do espetáculo). O controle sobre o sujeito não ocorre quando ele finalmente abandona o espetáculo, pelo contrário: o controle opera na oscilação, na impossibilidade de escolha que gera a domesticação.
3) Algo da ordem do que vemos também hoje: aproveite o crédito, mas aprenda a economizar; aproveite as promoções do Burger King, mas não perca as dicas de saúde do Globo Repórter; compre o último do Sloterdijk, mas não deixe de conferir o filme da Bruna Surfistinha, etc. Não se trata de conferir valor a qualquer um dos lados do binômio (embora percamos tempo com isso também); mas de perder a vida no interminável imperativo de escolher.
3) Algo da ordem do que vemos também hoje: aproveite o crédito, mas aprenda a economizar; aproveite as promoções do Burger King, mas não perca as dicas de saúde do Globo Repórter; compre o último do Sloterdijk, mas não deixe de conferir o filme da Bruna Surfistinha, etc. Não se trata de conferir valor a qualquer um dos lados do binômio (embora percamos tempo com isso também); mas de perder a vida no interminável imperativo de escolher.
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