Em 1973 encerra-se uma onda modernista. Morrem Tarsila do Amaral e Maria Martins, mas também Pablo Neruda e Pablo Picasso, W. H. Auden e Carlo Emilio Gadda; Hans Kelsen, Jacques Maritain e Leo Strauss; o antropólogo Evans-Pritchard, o escultor Jacques Lipschitz e o situacionista Asger Jorn. Daniel Bell publica The Coming of Post-Industrial Society e Stephen Hawking, The Large-Scale Structure of Space-Time. Lillian Hellman lança sua autobiografia, Pentimento, e Thomas Pynchon, seu romance Gravity's Rainbow. No Rio de Janeiro, Michel Foucault leciona o curso sobre A verdade e as formas jurídicas. Hélio Pellegrino entrevista-o no Jornal do Brasil: “Em torno de Édipo” e, no Jornal de Minas, registra-se sua palestra em Belo Horizonte, “Foucault, o filósofo está falando. Pense”. Nesse mesmo ano, Anselm Kiefer realiza Father, Son, Holy Ghost, o artista Philip Guston, nascido Goldstein, de raízes igualmente ucranianas, como Lispector, volta a certa figuração pop em Painting, Smoking, Eating, e Robert Rauschenberg, inspirado em São Francisco de Assis, propõe a instalação Sor Aqua, placas de metal refletindo-se, suspensas, numa banheira com água. Em 1971, Clarice Lispector concluíra um manuscrito intitulado Objeto gritante, que, revisado e reduzido, seria publicado, em 73, com novo título, Água viva, onde buscaria fixar o in-existente, deter o fluxo do tempo, congelar o que foi feito pra fluir, estendendo assim, infinitamente, o presente, o instante-já.
Direto do programa da disciplina do professor Raul Antelo, para o próximo semestre.
Coisa linda. Programa e bibliografia de respeito, esta bem parecida [mas ampliada] com a do curso 'Perspectivas da Crítica', que fiz neste semestre.
ResponderExcluirVc vai fazer o curso do Antelo?
Vou!
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