A mãe foi atriz do cinema mudo. O pai fabricava barcos de brinquedo. Com 10 anos, Ruth ganhou sua primeira máquina fotográfica - custava 39 centavos. Isso foi em 1931, lá pelas voltas de Los Angeles. Em 1938, Ruth pegou sua bicicleta e foi até Nova York, fotografando pelo caminho. Ruth queria ver a Feira Mundial (o nylon era então anunciado ao mundo como uma nova seda sintética). Quatro anos depois ela já estava morando na cidade, tirando fotos de bebês, trabalhando à noite e economizando para comprar sua primeira câmera profissional. As fotos ficaram melhores e ela arranjou trabalho nas principais revistas da época. Em 1951, às custas da revista LIFE, vai para Israel, depois Itália, França, Inglaterra, fotografando lagos, praias, aglomerações, cadeiras de praia vazias. Quando voltou a Nova York, casou com um sujeito que também fotografava e fazia filmes. Eles foram morar perto do Central Park, Ruth afastou-se do fotojornalismo e dedicou grande parte de sua vida profissional, a partir de 1955, a registrar o que via de seu apartamento no 15º andar do Central Park West, 65. Reunidos no livro A world through my window, lançado em 1978, os resultados transmitem a satisfação de Ruth com o que ela considerava uma maneira ideal e duradoura de conciliar os desejos da fotógrafa com os desejos da dona de casa e mãe. Toda dia ela abria a janela da sala e fotografava o que via:
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