No terceiro número da revista Cahiers de la Villa Gillet, de novembro de 1995, número temático dedicado ao "testemunho", a historiadora Arlette Farge (autora de O sabor do arquivo) conduz uma entrevista com Pierre Michon, tendo Michel Foucault como tema principal. "Você leu Foucault?", pergunta Farge; e antes da resposta, deixa sua pergunta mais precisa: "você leu, por exemplo, 'A vida dos homens infames', de Foucault?". Farge e Michon falavam sobre Vidas minúsculas, o primeiro livro de Michon, publicado em 1984, ano da morte de Foucault, daí a aproximação com as "vidas infames". "Não sou leitor de filosofia", responde Michon, "mas esse texto, 'A vida dos homens infames', eu com certeza li - li em 1977 ou 1978", continua Michon, "na Nouvelle Revue Française ou na Cahiers du chemin e teve uma influência direta sobre mim". E Michon conclui dizendo: "foi provavelmente daí que tirei o título de meu livro. Foucault foi um dos destinatários secretos de Vidas minúsculas".
Há 12 horas
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