Pouco tempo depois da morte de Roberto Bolaño, seu editor na Anagrama, Jorge Herralde, organizou um livrinho-homenagem chamado Para Roberto Bolaño. A última parte da publicação é um "Dicionário Bolaño", com trechos selecionados de entrevistas organizados em verbetes como:
ELVIS
OFICIOS
SEXO
TRIUNFO
No verbete Libros, Bolaño faz a seguinte lista de leituras: 1) o Quixote, de Cervantes; 2) Moby Dick, de Melville (e os dois primeiros títulos citados fazem lembrar imediatamente da querela, encaixada no meio de 2666, entre Longos Romances e Breves Novelas); 3) as Obras Completas, de Borges (e são precisamente essas as palavras de Bolaño: obras completas; não um conto, não um livro, mas as obras completas); 4) Rayuela, de Cortázar; 5) La conjura de los nescios, de Kennedy Toole (também conhecido como A Confederacy of Dunces); 6) Nadja, de Breton; 7) Las cartas de Jacques Vaché (fundamentais também para o Bartleby e o Montano de Vila-Matas); 8) Todo Ubú, de Jarry; 9) La vida instrucciones de uso, de Perec; 10) El castillo e El proceso, de Kafka; 11) Os Aforismos de Lichtenberg; 12) o Tractatus de Wittgenstein (uma leitura que talvez Bolaño tenha retirado da Sinagoga dos iconoclastas, de Wilcock); 13) La invención de Morel, de Bioy Casares (talvez uma fidelidade mais a Borges do que propriamente a Bioy Casares); 14) O Satiricón, de Petrônio; 15) a História de Roma, de Tito Lívio e 16) os Pensamentos de Pascal.
Jorge Herralde. Para Roberto Bolaño. Buenos Aires: Adriana Hidalgo, 2005, p. 89-90.
um que não está aí e de que Bolaño gostava muito, e que fui atrás por causa dele e aprendi a amar também: o Dicionário Filosófico do Voltaire.
ResponderExcluirVaché é o bicho!
ResponderExcluirhttp://www.tijeretazos.net/Acrobat/Cartas%20de%20guerra,%20de%20Jacques%20Vach%E9.pdf