González Carrera em Cauquenes, c. 1959 |
2) Amalfitano, também ele chileno, quando teve a oportunidade de olhar a Nova Direita Italiana nos olhos escolheu o caminho da ironia e da denúncia. González Carrera certamente tomou a outra via dessa bifurcação (Bifurcaria bifurcata, livro de Benno von Archimboldi): o primeiro poema publicado de González Carrera, de trinta versos exatos e límpidos, escreve Bolaño, era uma reivindicação dos vilipendiados exércitos do Duce, do vilipendiado valor italiano.
3) Em 1955, González Carrera publica um livrinho minúsculo, Doce, e ilustra ele mesmo a capa: as quatro letras da palavra "doce" com garras de águia, sob uma cruz gamada em chamas, uma suástica pairando sobre o mar. Em 1980, é publicado postumamente O advogado da crueldade, um romance de 150 páginas. Vem acompanhado de uma estranha dedicatória: ao meu amigo italiano, o soldado desconhecido. Ainda hoje, na parte norte de Valdivia, se encontram algumas ruas que levam o nome de Pedro González Carrera.
Desse eu gostei - pra valer, isto é: mais que o normal. :)
ResponderExcluir"Para o Tio Toni, que lê meus troços quando ninguém mais lê meus troços"
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