terça-feira, 8 de março de 2011

Três textos para três acadêmicos tristes

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Como diria a sábia Monique Evans: porque é que eu vou pagar alguém pra falar de mim se eu mesma posso fazer isso?
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1) O primeiro deles é sobre Carlo Ginzburg, historiador italiano que gosto muito. O texto pretende emular inclusive a forma dos ensaios de Ginzburg: seções curtas, encadeamentos aparentemente frouxos que se unem vigorosamente no final. A ideia era um pouco psicanalítica: ler algumas escolhas intelectuais de Ginzburg a partir de certas balizas biográficas. Nada inventado; o mote vem de um ensaio autobiográfico do próprio.
2) O segundo, chamado O testemunho e a literatura, fala bastante de Giorgio Agamben - com pinceladas de Sebald e outros. É uma breve reflexão sobre o estatuto da linguagem no testemunho e na literatura, digamos, de invenção.
3) O terceiro tem um título pomposo: Palimpsestos e sobrevivências: o ser e o sentido na filosofia e na literatura. Fala basicamente de Jacques Derrida, atravessando casos literários bem pontuais, como Kafka ou Sérgio Sant'Anna. Foi escrito há muito tempo e só agora saiu. O fantasma sobre esse texto é Bataille, que não é mencionado. Especialmente aqueles textos que dedicou às moedas que encontrou na Biblioteca Nacional, em Paris.

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